Oii, essa é a parte 3 e última das entrevistas! Ainda não viu a parte 1 e 2?? Corre lá!
Nessa última parte vamos contar com o Poh (ig: @j0yful_porridg3_gl1mmery) (Tik Tok:@porrigde.poh) ୨ৎ

Principalmente o que a sub representa. Já era fã de j-fashion anteriormente, mesmo sem saber que era j-fashion, e amava a moda em si. Depois que percebi que era trans, algo mudou na minha cabeça porque finalmente me aceitei por completo, incluindo a feminilidade que sempre rejeitei sendo criado como uma garota. Com essa aceitação, comecei a me irritar profundamente com o julgamento e as normas ridículas de aparência e comportamento que a sociedade (especialmente o mundo corporativo) impõe. Tudo parecia tão superficial e sem sentido.
Eu vi uma luz no gyaru, era exatamente o que eu queria: “Foda-se essa merda, porra, get wild and be sexy!” Além disso, absolutamente tudo na sub é muito lindo. Sempre fui fã da cultura japonesa desde pequeno, então já conhecia subs como lolita e decora. Foi uma junção de tudo que eu amo.

Base mais escura, muito iluminador, sombra colorida, cílios e unhas enormes! Pelo menos um desses elementos sempre aparece nas minhas makes; se não tiver, só pode ser um clone meu. Minhas peças favoritas são todas as citadas acima, por isso uso sem me importar com a ocasião.

Não é pra fracos, honestamente. Minha maquiagem leva de duas a três horas se faço algo mais elaborado nos olhos. Meu skincare antes da maquiagem inclui esfoliação para remover resquícios de pele morta, lavagem com sabonete contra oleosidade e aplicação de muito hidratante para amenizar a textura da pele, já que o peso da maquiagem é natural no estilo.
Na make, uso a técnica de corretivo claro estilo 2016 (triângulos no rosto) para iluminar do queixo à testa e equilibrar a base mais escura. Sempre coloco blush bem rosa no meio das bochechas. Para a sombra colorida, aplico um produto branco cremoso como base. Nada de contorno frio: uso bronzer. Não uso rímel, é inútil quando se usa 5 cílios por olho como eu.

Amo a Gehako e a Waccho. Elas estão sempre presentes na minha aba do Pinterest e servem de base para minha maquiagem 9 em cada 10 vezes.

Acredito em: “Se a carapuça não serve pra mim, por que vou me irritar?” Não me misturo com a ideia de gyaru ser brigona ou mean girl. Acho que só dá palco para pessoas malucas. Quanto aos estereótipos de sexualidade e prostituição, fico bem “e daí?”. O ponto da sub é explorar sua identidade. Se alguém é promíscuo, quem liga? Além disso, muitos casos de gyarus que se prostituíam eram por exploração ou falta de opções, então sexualizar esse problema real é só lamentável.

Não 




Compro perucas e unhas na SHEIN porque tem muita coisa handmade e algumas lojas têm boa qualidade. Para acessórios específicos ou conjuntos únicos, também recorro à SHEIN, mas evito por causa da fama da plataforma e os preços altos com frete e impostos. Prefiro a Shopee porque é barata, tem cupons, reembolso rápido e vendedores reais.

No dia a dia, não uso nada por questões de disforia. Feminilidade ainda é associada a ser mulher, e prefiro evitar essa parte porque só me veem como menina. Além disso, meu dia é muito corrido, saio de casa 7:30 e volto às 20:30. Agora, quando saio com amigos alternativos e combinamos de ir montados, faço minha make super elaborada. Quem me julgar é porque me deseja
.


Não comece com um subestilo, só vai atrasar você. Comece explorando as makes e veja se elas e as roupas falam com você. Baseando-se no que já consegue fazer de maquiagem e vestimenta, escolha o subestilo que mais combina. Lembrando que subestilo não é obrigatório: se tem make, já é gyaru. Não se empolgue comprando tudo que vê. Primeiro, aprenda a fazer uma maquiagem decente. Roupas, acessórios e maquiagem cara não vão compensar se seu rosto não estiver bem feito.

Liberdade. É ótimo conhecer pessoas que tão pouco se fudendo assim como eu, me sinto mais confiante como pessoa e acho que é assim que todos deveriam se sentir.
Foi isso, espero que tenham gostado! Não esqueçam de deixar seus comentários 💗
Valeu pela entrevista Poh !!!!!❤
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